Cerca de 1,3 mil dirigentes de 290 associações comerciais e de entidades ligadas à classe empresarial do Estado, participaram da XXI Convenção da FACIAP, encerrada nesta terça-feira e que contou com a presença, dentre outras autoridades, da ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, e do governador Beto Richa.
O evento foi aberto no domingo, com a solenidade de recepção aos participantes pelo presidente da FACIAP, Rainer Kielasko. A presidente da ACIFI, Elizangela de Paula Kuhn, foi convidada para a solenidade de saudação do público e também para composição da mesa na abertura oficial, segunda-feira.
Para Elizangela, a convenção debateu assuntos muito importantes para os empresários paranaenses, como a questão do comércio exterior, a importância do cooperativismo e a participação das entidades nas sociedades garantidoras de crédito, além do acompanhamento da boa aplicação dos recursos públicos através do painel do Observatório Social e formação de novas lideranças com o COJOVE. Foram lançados, ainda, dois programas de fomento: O Bom Negócio Paraná e o Banco do Empreendedor Paraná, que serão desenvolvidos em conjunto pelo governo do estado, Sebrae-PR e entidades empresariais.
O desafio desses dois programas é reduzir as desigualdades regionais, tema bastante abordado na convenção após recente anúncio de que um terço dos municípios paranaenses possuem o IDH inferior à média nacional – ou seja, 74 cidades. O Bom Negócio Paraná é inspirado no modelo da Agência Curitiba de Desenvolvimento S/A., criada em 2005, e tem como meta dar suporte à qualificação dos micro e pequenos empresários, fatia que concentra 99% das cerca de 600 mil empresas formais que hoje atuam no estado.
Beto Richa afirmou que têm sido desenvolvidas muitas parcerias com a iniciativa privada, graças à mudança no estilho de governar aplicada no estado. “Com o novo entendimento, criamos um ambiente no estado favorável aos negócios, aos investimentos”, disse Richa, mencionando como exemplo um alto executivo da Renalt. “Já temos confirmado (na parceria pública-privada) R$ 8 bilhões, e outros R$ 15 bilhões em negociação”, antecipou. Além disso, todas as entidades desde associações comerciais às federações como Faciap, FIEP, entre outras, “hoje encontram no governo um grande parceiro”, finalizou.
A ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, representou a presidente da República, Dilma Housseff na solenidade de abertura. Destacou as ações na área econômica, num ambiente de instabilidade dominando países desenvolvidos na Europa e também os Estados Unidos, e as projeções para 2012. “Nessa conjuntura que vamos garantir o desenvolvimento do nosso país e uma melhoria do nosso comércio, não só o paranaense como de todo o país”, acrescentou.
Para o presidente da Faciap, a convenção é uma oportunidade de se discutir ferramentas que as associações comerciais podem utilizar para colaborar com o desenvolvimento dos municípios, principalmente na fixação da renda local. “É a nossa contribuição para fazer com que as associações comerciais se tornem verdadeiras agências de desenvolvimento nos municípios”, finalizou.
Atrações – O cooperativismo de crédito foi destaque da convenção, no painel Os Avanços e os Desafios do Cooperativismo de Crédito no Brasil teve o presidente do SEBRAE Paraná, Jefferson Nogaroli, como presidente de mesa, setor em franca expansão.
“Territórios da Cidadania”, um programa do Governo Federal que tem como objetivos promover o desenvolvimento econômico e universalizar projetos básicos de cidadania, foi o tema do painel com o superintendente do SEBRAE/PR, Allan Marcelo Campos Costa. “É fundamental encontrar mecanismos de saída e fazer com que essas pessoas menos favorecidas sejam incluídas na economia, ajudando assim na circulação do dinheiro e não dependendo apenas dos programas sociais”.
A convenção da Faciap abrangeu ainda temas como “O Lado Feminino da Liderança”, do Conselho Estadual da Mulher; “Integração e Conselhos”, do Conselho Estadual do Jovem Empresário – CONJOVE; “Oportunidades Comerciais”, com o IPPEX – Instituto de Planejamento e Promoção de Comércio Exterior; “O Controle Social via Observatório Social”, com o Observatório Social do Brasil; cases de sucesso dos programas Empreender e Capacitar; e, por fim, assuntos jurídicos e questões legais de interesse do Comércio e do Associativismo.
Foi apresentado ainda o painel “Exportar para Desenvolver e Crescer” e a plenária “Sustentabilidade do Sistema Faciap – Programas, Produtos e Serviços”. Uma das últimas atividades da convenção foi a cerimônia de posse dos novos Conselheiros da Mulher Empresária – CEME – e a apresentação do Prêmio SEBRAE Mulher de Negócios. Por fim, a palestra magna com Max Gehringer com o tema Carreira & Emprego.