A Associação Comercial e Industrial de Foz do Iguaçu – ACIFI lançou na tarde de terça-feira, dia 5, uma enquete para conhecer a opinião da classe empresarial e da população em geral sobre o número de vereadores para compor a Câmara Municipal de Foz do Iguaçu na gestão 2013-2016. A proposta é provocar uma discussão a respeito do projeto de emenda de Lei Orgânica do Município nº 001/2011, apresentada esta semana no Legislativo, que propõe aumentar para 21 o número de vereadores. A Câmara atual é composta por quinze vereadores.
Na tarde de terça-feira, a diretoria da ACIFI realizou uma entrevista coletiva com a imprensa local para explicar a intenção da entidade com a enquete. “A ACIFI entende que esse assunto precisa ser amplamente discutido com toda a população. E para se discutir essa questão de uma maneira mais sistematizada, propomos a enquete que lançamos no site da ACIFI, que faz esse questionamento”, explicou Elizangela de Paula Kuhn, presidente da ACIFI.
Também participaram da coletiva os diretores Roni Temp (primeiro vice-presidente); Rogério Böhm (diretor Administrativo); Carlos Moretti (diretor de Finanças e Patrimônio); Jackes Liston (segundo Vice Presidente); Casper Raggi (Diretor de Comércio e Cooperativismo); e Mário Alberto de Camargo (Diretor de Comércio Exterior), além dos conselheiros Derseu de Paula e Laudelino Pagagnan.
A população pode votar pela Internet, acessando o site da ACIFI – onde existe um link direto para a enquete. Há três opções para o cidadão opinar: aumentar para 21 vereadores, número máximo constitucional; manter os atuais 15 vereadores ou reduzir para 9, número mínimo constitucional. Até às 17 horas desta quarta-feira, mais de 1 mil pessoas haviam votado nessa enquete.
“Protocolamos nesta manhã (quarta-feira), na Câmara de Vereadores, um pedido para a realização de uma audiência pública visando debater esse assunto”, antecipou Elizangela. “Idealizamos a enquete para que a população possa realmente opinar, até porque não houve, até hoje, a iniciativa de nenhum vereador em chamar uma audiência pública, canal que seria mais adequado para discutir isso”, acrescentou.
Caso a população opine pelo não aumento do número de cadeiras, ressaltou Elizangela, a ACIFI fará um trabalho de sensibilização junto os vereadores para que esse projeto não seja aprovado. “Vamos nos mobilizar para que o resultado da enquete seja soberano”, acrescentou.
Para a diretoria da ACIFI, e a imensa maioria dos associados que tem procurado a entidade, a quantidade de vereadores hoje é suficiente para atender as funções de um vereador que tem o papel de fiscalizar e de legislar. “Com os meios hoje de tecnologia, com as ferramentas hoje disponíveis, entendemos que é um número bem razoável. A proposta de aumento está na contramão do que, por exemplo, a iniciativa privada desenvolve, como a constante preocupação em melhorar a gestão, utilizar as ferramentas que estão à disposição e reduzir custos”, exemplificou.
Sobre a defesa do argumento que a ampliação do número de cadeiras aumenta a representatividade, Elizangela questiona: “Como eu exerço a democracia se não ouço a população, chamando uma audiência pública? O que a ACIFI propõe é uma discussão mais profunda. E esse tema tem sido discutido em muitas cidades do Estado e do Brasil. Existem cidades em que a mobilização foi muito além de uma enquete, incluindo outdoors na rua questionando se eram necessários mais vereadores ou mais médicos e professores. Ou comparando a carga horária de um vereador com um professor; comparando salários… Em Foz do Iguaçu, a ACIFI não poderia tomar outra postura a não ser também provocar essa discussão”, finalizou.
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