Senador discutiu demandas voltadas para o desenvolvimento durante agenda com empresários, lideranças da sociedade civil e agentes públicos.
O senador Sergio Moro (União Brasil) recebeu demandas vinculadas ao desenvolvimento de Foz do Iguaçu, durante agenda institucional na Associação Comercial e Empresarial (ACIFI) nessa segunda-feira, 28. A deputada federal Rosangela Moro participou da reunião, que contou com empresários, lideranças da sociedade civil e agentes públicos.
As pautas permeiam as esferas estadual e federal. São seis: 1) novo Porto Seco: ampliação da área; 2) pedágio: preço alto e ausência de obras importantes em Foz do Iguaçu; 3) Ponte da Integração: gargalos para abertura; 4) Hospital Municipal: modelo e financiamento; 5) combate sistêmico à corrupção; 6) desenvolvimento econômico trinacional.
O parlamentar reforçou a disposição de contribuir com a cidade, comentou cada item da pauta e se comprometeu em analisar como poderá encaminhar os pedidos. “Farei o máximo para atendê-los, pois os interesses de Foz do Iguaçu são os interesses do Paraná e também são meus”, sublinhou Sergio Moro.

Agenda institucional reuniu empresários, lideranças da sociedade civil e agentes públicos – Foto divulgação
Presidente da ACIFI, Danilo Vendruscolo explicou que as seis pautas estão conectadas, pois aliam desenvolvimento e qualidade de vida. “Nossa economia avançou em formalidade, o que traz justiça social, segurança e progresso. Nossos pedidos entregues ao senador buscam solucionar gargalos e aproveitar oportunidades para seguirmos neste caminho”, frisou.
O presidente da Câmara de Vereadores, Paulo Debrito (PL), destacou a importância do diálogo e enfatizou as particularidades da saúde em um contexto de fronteira, exemplificando com o número de cartões do SUS, muito acima do total de habitantes. “Mais de 30% do orçamento do município são investidos na saúde. Essa conta não fecha”, pontuou.
Reivindicações do setor turístico foram apresentadas pelo secretário municipal de Turismo, Jin Bruno Petrycoski, como a agilidade na aduana argentina, ampliação de voos e efetivo para o setor de migração. “O problema da fila pode ser pautado pela Comissão de Relações Exteriores, a qual o senhor integra”, reforçou ao senador.

Danilo Vendruscolo, presidente da ACIFI, e o senador Sergio Moro – Foto divulgação
Tarifaço, corrupção e infraestrutura
O senador Sergio Moro cobrou que a Presidência da República tem a responsabilidade de buscar solução para evitar o tarifaço anunciado pelos Estados Unidos ao Brasil, dialogando e negociando, em vez de entrar em rota de colisão. Apontou setores da economia do Paraná que poderão ser afetados, como da madeira, suco de laranja e produção de tilápia.
Para ele, o país enfrenta o aumento da criminalidade por falta de política robusta de enfrentamento. E opinou que o combate à corrupção foi enfraquecido. “É ilustrativo disso o desmonte da Operação Lava Jato. Passamos por uma inversão de valores morais, em que bandidos são protegidos, enquanto quem defende o império das leis chega a ser hostilizado”, disse Moro.
O senador demonstrou preocupação com a infraestrutura do Paraná, citando estradas que não evoluíram, o alto custo do pedágio e a qualidade da energia elétrica como pontos frágeis. “Nosso setor privado é pujante, e cada ano vemos o crescimento econômico. O agro bate recorde. Mas temos de reconhecer que a vulnerabilidade é a nossa infraestrutura”, mencionou.
ASSISTA AO VÍDEO
Durante a reunião da ACIFI, relatou que votou contra o aumento de impostos no Congresso Nacional, como o IOF, que é oposição ao governo federal, do qual diverge em visão. “O governo acredita em um modelo ultrapassado, baseado em gastos governamentais, que não deu certo em lugar nenhum. A gente acredita na livre iniciativa, no indivíduo, na liberdade e na família”, concluiu Sergio Moro.
PRESENÇAS – Também participaram da reunião o presidente do Codefoz, Marcelo Brito; o presidente do Conselho Superior da ACIFI, Rodiney Alamini; os vereadores Dr. Ranieri Marchioro (Republicanos) e Sidnei Prestes (Mobiliza); os secretários municipais de Desenvolvimento Econômico, Edinardo Aguiar, e de Obras, Thaís Escobar; e o presidente da Fundação Cultural, Dalmont Benites.
(AI ACIFI)