Representantes de órgãos de segurança e dirigentes da sociedade civil debatem as condições técnicas da aduana e vias de acesso.
Representantes de órgãos de segurança e da sociedade civil organizada de Foz do Iguaçu discutiram os desafios para a abertura da Ponte da Integração (Brasil e Paraguai). As lideranças avaliaram a situação das obras da aduana e das vias de acesso e as alternativas para solucionar os entraves estruturais, em encontro promovido no último dia 9.
Em sua explanação de abertura, o delegado da Alfândega da Receita Federal, Cezar Augusto Vianna, fez uma apresentação sobre a situação das obras da aduana e da via de acesso. Ele salientou que, devido à falta de estrutura para atendimento, segurança e iluminação, no momento, para a Receita Federal, é inviável a abertura, mantendo-se a previsão inicial de abertura para 2025, assim que as obras estiverem concluídas.
Em seguida, os demais representantes dos órgãos governamentais destacaram a atual falta de condições estruturais e técnicas, sem restrição de acesso e iluminação pública, efetivos reduzidos para fiscalização, impossibilidade de controle migratório e combate aos crimes transfronteiriços, vistoria segura de alimentos e gêneros alimentícios, entre outros entraves.
Após as exposições iniciais, os dirigentes das instituições iguaçuenses indicaram ser contra a abertura da travessia neste momento por conta dos problemas listados pelos órgãos fronteiriços. Houve consenso na busca de informações a fim de subsidiar o movimento pela abertura da Ponte da Integração. A ideia foi atualizar as estratégias, convergir posições e definir os próximos passos para a liberação da via.
As prioridades são conclusão da aduana brasileira, construção dos acostamentos das vias de acesso e iluminação pública – Foto divulgação
As entidades intensificarão os esforços em conjunto para que a empreiteira dê prioridade à conclusão da aduana brasileira, bem como à construção dos acostamentos das vias de acesso. Também se faz necessário elaborar projetos e captar recursos para viabilizar a iluminação pública num trecho de 3,5 quilômetros da cabeceira da ponte até o perímetro urbano. Uma nova reunião está marcada para outubro.
Autoridades presentes
Participaram do encontro os representantes locais de órgãos federais, entre eles o delegado da Alfândega da Receita Federal, Cezar Augusto Vianna; a inspetora-chefe da Polícia Rodoviária Federal, Luiza Lux; o delegado da Polícia Federal Rodrigo Norberto Martins de Souza; o chefe do Ministério da Agricultura e Pecuária, Adinan Galina; e o chefe da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, José Rodrigues.
Entre os dirigentes locais presentes estavam o presidente da ACIFI (Associação Comercial e Empresarial de Foz do Iguaçu), Danilo Vendruscolo; o presidente do Codetri (Conselho de Desenvolvimento Trinacional), Roni Carlos Temp; o presidente do Comtur (Conselho Municipal do Turismo), Fernando Martin; o represente do Codefoz (Conselho de Desenvolvimento de Foz do Iguaçu) Fabiano Bordignon.
A reunião também contou com a participação da representante do Sindifoz (Sindicato dos Trabalhadores Rodoviários de Foz do Iguaçu e Região) Aline Maicrovicz; do diretor de Comércio Exterior da ACIFI, Mario Camargo; do diretor do Foztrans (Instituto de Transportes e Trânsito), Robson Lima de Souza; e do procurador do município de Foz do Iguaçu, Osli Machado.
