Surtiu efeito o movimento de iniciativa popular em prol da retomada das obras e conclusão da trincheira da Avenida Paraná com a BR-277. O governo do Paraná garantiu o reinício do trabalho em abril e o término do serviço até junho. O compromisso foi assumido em documento público divulgado na última sexta-feira (27).
O ofício está assinado pelo chefe da Casa Civil, Eduardo Sciarra, em nome do governador Beto Richa. O documento é uma resposta à carta encaminhada pela ACIFI ao movimento popular que organizou dois protestos (31 de janeiro e 28 de fevereiro) e ao manifesto emitido por 17 entidades junto ao Ministério Público Estadual, em fevereiro.
Também contou a favor para o posicionamento do governo a articulação política na capital do Paraná. O deputado estadual Chico Brasileiro tem apoiado a causa. Em Curitiba, o parlamentar acompanhou o trâmite do ofício protocolado pelo presidente da ACIFI, João Batista de Oliveira, no Palácio Iguaçu, no fim de janeiro.
Segundo Oliveira, a notícia é bem recebida por todos que se uniram no movimento. “O compromisso do governo é com a comunidade. A conquista maior virá com a inauguração da obra. Até lá continuaremos unidos e mobilizados, demonstrando a força da sociedade”, afirmou.
COMPROMISSO – O Governo do Estado informou os detalhes da solução para o problema. Em 5 de março, o Departamento de Estradas de Rodagem (DER) e a Vênetto/Itaúba suspenderam o contrato em comum acordo. A decisão permite que a concessionária Ecocataratas conclua a obra, com retomada dos serviços já em abril.
Conforme Eduardo Sciarra, atualmente 70% do cronograma está concluído, ficando para finalizar as alças de acesso e a nova pista sob a BR-277. Com o acordo, serão entregues mais obras de acessibilidade e de melhoria nos acessos que não estavam previstas no projeto original.
O DER vai concluir o termo de ajuste com a concessionária. O termo terá o rol de obras a ser executadas pela concessão. Finalizada essa etapa, a Ecocataratas apresentará o cronograma de trabalho, definindo os prazos e etapas.
O chefe da Casa Civil explicou ainda que “o estado vai concluir o ajuste financeiro com o consórcio Vênetto/Itaúba, quitando as pendências da obra. Vale lembrar que os atrasos na construção do viaduto foram decorrentes de problemas climáticos, intercorrências da empreiteira com o Ministério do Trabalho e alguns débitos a serem quitados na etapa final”.