O volume de material comercializado pela COAAFI (Cooperativa dos Agentes Ambientais de Foz do Iguaçu) aumentou 13,6% neste ano em relação à 2013. Neste ano a média de material reciclado passou de 110 toneladas por mês para 125 toneladas por mês. A entidade deve fechar o ano com o recolhimento de cerca de 1500 toneladas de material reciclável.
O técnico administrativo que presta apoio da COOAFI, Anderson Cardoso Querino, atribuiu o aumento a um conjunto de fatores. O acréscimo ocorreu inicialmente com a atuação da prefeitura nas empresas para implantação do Programa de Gerenciamento de Resíduos Sólidos. O volume comercializado aumentou ainda mais a partir do segundo semestre com a campanha promovida pela ACIFI visando orientar a correta destinação dos resíduos sólidos aos catadores ou cooperativas.
Ele também confere o desempenho às capacitações de formações de lideranças com 8 Modelos, realizado pela equipe do Projeto Resgatando Esperança MTE/SENAIS, além da Contratação de mais um motorista para realizar a coleta nos grandes regradores e da educação ambiental realizada pelos próprios agentes com entrega de folhetos educativos de porta em porta em residências próximas aos Centro de Triagens, grandes estabelecimentos comerciais, condomínios, entre outros imóveis da cidade.
Alerta – Querino frisa, entretanto, que o material recolhido tem apresentado baixa qualidade da separação feita ainda nas residências e empresas. Parte da população tem separado plástico, alumínio, papel, papelão, Tetra Pack, vidro, isopor, metal, entre outros itens. “Mas mistura tudo no mesmo saco de lixo. Isso aumenta o tempo da triagem e muitas vezes inutiliza o próprio material reciclável”, explica.
Outro problema do setor é que alguns empreendimentos estão vendendo o Resíduo Gerado para empresas de reciclagem. O ideal é doar o material para a cooperativa. “A cooperativa não visa lucro, mas sim a distribuição da Renda entre todos os cooperados. A doação do material gera emprego e renda na cidade, tornando centenas de catadores consumidores potenciais e movimentando a economia iguaçuense”, argumenta.
A cooperativa – A COAAFI hoje é formada por 93 catadores, todos adultos, cujas famílias dependem diretamente do material recolhido como fonte de renda. Os cooperados possui uma renda média de R$ 600 por mês. A cooperativa possui oito centros de triagem distribuídos no município: (Vila C, Porto Belo, Parque Presidente, Portal, Campos do Iguaçu, Profilurb II, Jardim Graúna e Vila A).
Segundo Querino, a cooperativa possui quatro caminhões. A prefeitura cede motoristas para dois veículos, porém os outros dois estão parados por falta recurso. O problema sobrecarrega a coleta com carrinhos (que não usam animais para tração). Um carrinho suporta até 300 quilos de material. A frota toda na rua pouparia esforço físico dos catadores.