O desempenho e as perspectivas de crescimento da economia local foram temas centrais da quinta reunião plenária do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social de Foz do Iguaçu (CODEFOZ). Um levantamento feito pela equipe técnica da instituição, com base em dados coletados pelo IBGE, Ipardes e Prefeitura de Foz do Iguaçu, indica que o município não teria acompanhado o mesmo ritmo de desenvolvimento da economia paranaense na última década. Por outro lado, um balanço das atividades realizadas pelo Fundo Iguaçu para divulgar, promover, qualificar, melhorar a infraestrutura e atrair investimentos para o fortalecimento do destino mostra um cenário mais positivo.
Segundo o presidente do Fundo Iguaçu, Gilmar Piolla, nos últimos quatro anos, ações importantes como a campanha para eleger as Cataratas uma das 7 maravilhas da natureza e a divulgação dos atrativos em materiais promocionais são amparadas pelo Fundo Iguaçu. Ele anunciou que a TAM irá operar um novo vôo diário de São Paulo a Foz do Iguaçu a partir de julho e que este ano a Meia Maratona das Cataratas terá 30 minutos de transmissão ao vivo no programa Esporte Espetacular, da Rede Globo. “Uma das principais contribuições é o apoio na reforma e ampliação do aeroporto internacional que terá uma nova pista com três metros de extensão e nos esforços para a duplicação da BR 469”, exemplificou Piolla.
Análise – De acordo com o presidente do Codefoz, Danilo Vendruscolo, apesar dos números o cenário econômico é bastante otimista. Ele destaca que o conselho discute a aplicação de R$ 3,5 milhões em projetos executivos que terão impacto direto no desenvolvimento local. “Existem vários projetos em andamento capazes de reverter qualquer que seja a real situação socioeconômica de Foz do Iguaçu e nesse processo é fundamental a participação de entidades e lideranças no plano plurianual que irá definir como serão aplicados os recursos nos próximos quatro anos. Vendruscolo lembra que as informações apresentadas na reunião serão fonte de pesquisa para o estudo técnico que será conduzido pelo Codefoz. O trabalho deve começar no fim deste mês e tem o prazo para ser concluído em 210 dias. “O Codefoz foi criado para ser o indutor do desenvolvimento econômico, por isso precisamos trabalhar, acima de tudo, com políticas de resultado”, frisou.
Do ponto de vista do vice-presidente do Codefoz, Jorge Samek, o que existe hoje são realidades bem opostas. Ele analisa que, se por um lado, os números dão sinais de que a economia de Foz é fraca e os recursos são escassos, por outro, os esforços de entidades e investimentos da iniciativa privada, com novos hotéis sendo erguidos e reformados, a expansão de faculdades e o aquecimento da construção civil, revelam uma perspectiva mais otimista quanto ao futuro da economia. “O papel do conselho está em oferecer ferramentas importantes para que possamos definir o desenvolvimento da cidade e a única maneira é a participação coletiva para aprofundar a discussão e definir a Foz que queremos para 2030”, pontuou Samek.
Na plenária o prefeito Reni Pereira, presidente de honra do Codefoz, fez um breve relato da gestão municipal. Também foram aprovadas as câmaras técnicas de Meio Ambiente e
Economia e Finanças. Conforme o planejamento, o conselho terá 12 câmaras e por enquanto quatro estão em atividade. Elas têm o propósito de subsidiar o trabalho e dar agilidade às discussões do Codefoz e seguem uma agenda quinzenal de reuniões.