Presidente Faisal Ismail entregou, neste domingo, 5, documento ao prefeito de Foz, Chico Brasileiro, requerendo medidas para amenizar crise econômica
A ACIFI (Associação Comercial e Empresarial de Foz do Iguaçu) reivindicou a antecipação da reabertura gradual e monitorada do comércio a partir da terça-feira, 7, incluindo nessa medida atividades que não geram aglomeração de pessoas. O pedido foi feito formalmente, com documento entregue em mãos ao prefeito Chico Brasileiro, no domingo, 5.
A entidade solicita mudança na minuta do “Plano para o segundo ciclo de contenção à covid-19 em Foz”. O comércio em geral está fechado desde o dia 20 de março, mas a proposta da prefeitura prevê o início da reabertura só a partir da próxima segunda-feira, 13, o que seria insustentável para uma grande parcela dos negócios da cidade, principalmente os de menor porte.
Por isso, após intenso debate com entidades parceiras, o presidente da ACIFI, Faisal Ismail, defende que, com a reabertura do comércio a partir do dia 7, algumas empresas terão mais condições de diminuir os prejuízos ao tentar vender artigos já adquiridos e que não puderam ser vendidos – exclusivamente para a Páscoa.
O pedido da entidade relaciona vários aspectos, entre eles o fato de que a cidade manterá fechado todo e qualquer local que tenha aglomeração de pessoas, incluindo parques públicos, clubes recreativos, eventos em ambiente público e privado, escolas e faculdades públicas e privadas.
O documento entregue ao prefeito destaca ainda que Foz está praticamente em isolamento, tendo a rodoviária fechada e o aeroporto operando somente com três voos semanais (e mesmo assim transportando poucos passageiros). E ressalta que as fronteiras com a Argentina e o Paraguai estão fechadas.
Sendo assim, a ACIFI reivindica a reabertura das atividades comerciais, industriais e de serviços em geral, limitada a 50% da ocupação da capacidade prevista no projeto técnico de prevenção a incêndio e desastre aprovado pelo Corpo de Bombeiros, controlando o distanciamento mínimo de dois metros entre os colaboradores e clientes.
A entidade argumenta ainda que os prestadores de serviços dependem do trabalho exclusivo do profissional, autônomo ou não. Com o tempo parado, ficam sem renda e muitos deles não se encaixam em nenhum dos benefícios do governo federal e municipal, a não ser contrair empréstimos (que terão de ser pagos) e ter diferimento de tributos.
A entidade afirma que esses profissionais necessitam de um mínimo de possibilidade de trabalhar, para auferir um pouco de renda. Com relação aos demais setores, muitos deles são segmentos que não dependem diretamente do turismo. “Muitos deles não mantêm contato direto entre funcionários e clientes”, sustenta.
O documento entregue ao prefeito Chico Brasileiro ressalta ainda que muitas empresas podem trabalhar com capacidade reduzida e com um número menor de funcionários. É notório afirmar que possuem um custo fixo muito alto (como água, luz, segurança e impostos), logo a reabertura com limitação de capacidade mitiga o problema econômico-financeiro dessas empresas.
A ACIFI pede também alterações em outros artigos do “Plano para o segundo ciclo de contenção à covid-19 em Foz do Iguaçu” visando a simplificar as cláusulas que dizem respeito ao termo de responsabilidade sanitária e à supressão de medidas inviáveis para os estabelecimentos comerciais, bem como inclusões para tornar o plano viável.
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