Atendendo ao pedido da Associação Comercial e Industrial de Foz do Iguaçu – ACIFI e do Conselho Municipal de Turismo (COMTUR), o presidente da Assembleia Legislativa do Estado do Paraná (ALEP), Valdir Rossoni e mais sete deputados estaduais reuniram-se com representantes da classe empresarial e do segmento turístico da cidade. A visita, agendada pelo segundo secretário da Mesa Diretora da ALEP, deputado Reni Pereira, era especificamente para ouvir as reivindicações do setor produtivo da cidade.
Além de Rossoni e Pereira, participaram do encontro o relator da comissão de Orçamento da ALEP, deputado Elio Rusch; o presidente da Comissão de turismo, deputado Antonio Anibelli Neto, juntamente com o deputado Professor Lemos, também integrante da comissão; o líder do governo na ALEP, Ademar Traiano; o primeiro secretário Plauto Miro; e o deputado Toninho Wandscheer.
Elizangela de Paula Kuhn antecipou que a ACIFI e 28 entidades representativas da sociedade defendem 18 bandeiras para o desenvolvimento socioeconômico de Foz e região Extremo Oeste. E pediu atenção da assembleia em pelo menos três pontos. O primeiro deles é relativo à extensão do Curso de Medicina para o campus da Unioeste de Foz do Iguaçu. Durante o encontro, a presidente da ACIFI repassou aos deputados a cópia do Manifesto Pró-Curso de Medicina em Foz do Iguaçu, assinado pelas entidades para reivindicar a instalação do curso em Foz. A defesa pelo curso também foi feita pessoalmente pela presidente na sessão de interiorização da ALEP, realizada horas depois na Câmara de Vereadores.
Outra reivindicação da sociedade, na qual a ACIFI pediu o apoio dos deputados estaduais, é relativa à construção de viadutos no perímetro urbano da BR 277. A viabilização desse pleito requer atenção do Governo do Estado que firmou contrato de concessão de exploração do pedágio com a Eco Cataratas. Esse assuntou também foi defendido na sessão de interiorização, pelo arquiteto urbanista Alexandre Balthazar, um dos representantes da ACIFI no ConCidades.
A reunião contou com a participação do primeiro vice-presidente da ACIFI, Roni Temp, e do presidente da Coordenadoria das Associações Comerciais e Empresariais do Oeste do Paraná – CACIOPAR, Khaled Nakka.
Turismo – Após a exposição destes dois itens, o presidente do COMTUR, Jaime Nascimento, fez uma exposição das necessidades de melhorias e de investimentos para a atividade turística da cidade, um dos pilares da economia de Foz do Iguaçu, juntamente com a atividade comercial.
Nascimento pediu a atenção especial dos deputados estaduais quanto à discussão do orçamento, especialmente para a Secretaria de Estado do Turismo. Segundo ele, separando os recursos para custeio, restam à pasta estadual somente R$ 2,450 milhões para investimentos em todo o Estado, montante insuficiente para demandas do setor. O pedido foi registrado pelo relator da Comissão de Orçamento, deputado Elio Rusch.
Na presença de representantes do Sindhotéis; ABIH; Iguassu Convention & Visitors Bureau; da Secretaria Municipal de Turismo, dentre outros, Nascimento solicitou que os deputados intercedam junto ao Governo do Estado para o retorno do Programa de Desenvolvimento Turístico, o Prodetur, à pasta da Secretaria Estadual de Turismo. O programa foi remanejado para a Secretaria Estadual de Planejamento. Nascimento também pediu o apoio da ALEP para sensibilizar o Governo Estadual a participar e investir mais no Centro de Convenções, do qual o Estado detém 33% de participação, através da Paraná Turismo, mas que não há investimentos proporcionalmente compatíveis. Dessa forma, o espaço é subutilizado, assim como o Espaço das Américas, que poderia sediar confortavelmente muitos eventos e encontra-se praticamente fechado.
Nascimento pediu ainda a reavaliação de um projeto que tramita na ALEP sobre as diárias hoteleiras. “Ele prevê que o cidadão, ao entrar num hotel, tem direito a 24 horas de diária, o que contraria todas as leis internacionais e a Organização Mundial do Turismo”, frisou Nascimento. Se aprovada, a legislação será lesiva aos hóspedes, porque o hotel, conforme o presidente do COMTUR, terá de cobrar uma diária a mais do cliente. “Talvez a intenção seja boa, mas o resultado não vai ser bom para o usuário”, finalizou.