Empresários se reúnem com o prefeito Chico Brasileiro para buscar soluções ao estacionamento regulamentado.
ACIFI reiterou posição contrária ao aumento do estacionamento rotativo, o Estarfi, em reunião com o prefeito de Foz do Iguaçu, Chico Brasileiro, nessa terça-feira, 27, na sede da entidade. O encontro reuniu dirigentes da Associação Comercial e Empresarial e dos núcleos comerciais, Sindilojas, representantes da prefeitura e vereadores.
As lideranças empresariais reforçaram posição contrária ao aumento de 100% no custo da hora cobrada dos motoristas, que passou de R$ 1,50 para R$ 3. A regularização subiu de R$ 10 para R$ 20 (pagamento presencial ou por aplicativo). O reajuste entrou em vigor no dia 1.º de junho.
A dirigente do Núcleo da Vila Portes, Mariza Mayer, e do Núcleo da Avenida Brasil, Gildo Freitas da Fonseca, argumentaram que o aumento está prejudicando consumidores e diminuindo o movimento nos estabelecimentos do centro, Vila Portes e Vila A. Eles dizem que o comércio e os empresários da cidade estão “pagando essa conta”.
Os empresários alertam que o aumento abusivo do estacionamento regulamento está causando prejuízos ao comércio e ao setor de serviços. Aliás, os prestadores de serviços já foram penalizados com o acréscimo de 25% no imposto municipal sobre serviços, o ISSQN, no final de 2022.
Por isso, o diretor-executivo da ACIFI, Dimas Bragagnolo, destacou a missão e valores da ACIFI, defendida pela Diretoria e Conselho Superior: a associação promove os interesses de seus associados e não tem motivo político no debate. “A nossa abordagem é técnica, focada numa solução para o estacionamento rotativo”, frisou.
Chico Brasileiro assumiu o compromisso de avaliar os pedidos da classe empresarial, mas evitou falar em suspender o aumento do Estarfi. O prefeito ressaltou a importância do diálogo “maduro entre a iniciativa privada e o poder público, com propostas maduras” para buscar soluções aos entraves do estacionamento rotativo.
Entidade defende análise técnica
Durante o encontro, os dirigentes da ACIFI e dos núcleos comerciais setoriais da Avenida Brasil e da Vila Portes ampliaram a abordagem sobre a mobilidade urbana no município. Nesse sentido, ratificaram ao prefeito as solicitações já formalizadas em ofício encaminhado à administração municipal.
Entre os pedidos está a separação do debate sobre o aumento do Estarfi e as demandas do transporte coletivo para possibilitar uma discussão técnica, e não política, acerca dos assuntos. Esse ponto é essencial para encontrar soluções viáveis e assertivas aos gargalos do serviço público, pois da maneira como o reajuste foi conduzido acabou colocando a sociedade em uma situação de pressão e gerando embates desnecessários.
A ACIFI sustenta que a prefeitura deveria buscar outras fontes no orçamento municipal para subsidiar o passe livre por meio de ações que promovam redução de gastos da máquina pública. Uma delas é aceitar a proposta da Câmara de Vereadores e usar recursos do orçamento do Legislativo para custear o benefício aos estudantes até que sejam encontradas alternativas definitivas.
Outra proposta é a criação de grupo de trabalho do Codefoz (Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social) para discussão sobre o modelo ideal de transporte coletivo para Foz do Iguaçu. Da mesma forma, a ACIFI propôs formatar uma equipe para discutir estratégias a fim de combater o problema da rotatividade e tornar o Estarfi viável no município.
A reunião também contou com a participação do presidente do Sindilojas Foz, Itacir Mayer; do secretário-extraordinário do Transporte Coletivo de Foz, Fernando Maraninchi; e do diretor-superintendente interino do Foztrans (Instituto de Transportes e Trânsito de Foz do Iguaçu), Robson Lima Souza, além dos vereadores Ney Patrício (PSD) e Adnan El Sayed (PSD).