Com um público de quase duas mil pessoas, foi realizado na quarta e quinta-feira da última semana, em Brasília, o 1º Fórum CACB Mil. O presidente da ACIFI, Roni Temp esteve presente no evento promovido pela Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil, acompanhado da vice-presidente da futura gestão Célia Rosa e do diretor-executivo, Dimas Bragagnolo.
O cenário econômico atual, a Lei Anticorrupção, as oportunidades de negócios que devem ser geradas pela Copa do Mundo e o código do contribuinte brasileiro foram apresentados no fórum com programação voltada para técnicos, empresários, pesquisadores e parlamentares, entre outros. Um dos temas que gerou maior debate foi o papel das micro e pequenas empresas para a economia do País. Atualmente, os micro e pequenos empreendimentos equivalem a 97% das empresas formalizadas. São mais de 8 milhões de CNPJs em todo o País. De acordo com o ministro Afif Domingos, isso significa que a média de um emprego a mais por MPE resultaria em mais de 8 milhões de empregos gerados. “O impacto é 25% na taxa de emprego privado no País. Se considerarmos o núcleo familiar, podemos falar de um impacto positivo sobre 32 milhões de pessoas”, contabilizou.
Em sua palestra, ele afirmou que as MPEs devem receber, por obrigação constitucional, tratamento diverso ao dado às grandes empresas e explicou que o plano de ação da Secretaria da Micro e da Pequena Empresa é baseado na simplificação do Simples, aumento da renda das MPEs e realização do Simples trabalhista.
Além das dificuldades enfrentadas por empreendedores de pequeno porte, vários painéis abordaram o cenário econômico atual de desaceleração do crescimento. Ao falar aos dirigentes de associações comerciais e empresariais, o economista Eduardo Gianetti da Fonseca traçou um cenário preocupante sobre o Brasil de agora. “Ainda não chegamos ao ponto da Argentina ou da Venezuela, mas o fato é que a economia brasileira está em queda livre e ainda estamos longe dos emergentes”, sentenciou.
Na opinião do presidente da ACIFI, Roni Temp, o fórum mostrou mais uma vez a importância das Associações Comerciais e Empresariais como coadjuvantes de desenvolvimento já que estão muito próximas dos empreendedores e conhecem suas necessidades. Segundo ele, uma das grandes lições do fórum é de que “só teremos as mudanças estruturais que necessitamos no país, se nos unirmos com nossas empresas, fortalecermos associações como a ACIFI e os dirigentes, por meio das federações, acompanhem e pressionem deputados e senadores para que votem a favor da classe empresarial. Se ficarmos apenas reclamando e não sairmos de nossas empresas, não vamos mudar a situação que estamos atravessando”, conclui Temp.