Pedido segue medida anunciada pelo Ministério da Saúde.
Em reunião entre representantes da administração municipal e servidores da Secretaria de Saúde com lideranças dos setores de comércio e turismo, nessa segunda-feira, 10, a ACIFI solicitou à Prefeitura de Foz do Iguaçu a redução do período dos atestados por covid de dez para cinco dias.
A Associação Comercial e Empresarial de Foz do Iguaçu foi representada pelo primeiro-vice-presidente do Conselho Superior, Rodiney Alamini. Segundo Alamini, “tal pedido foi realizado porque as unidades básicas de saúde, com frequência, emitem atestados médicos de afastamento das atividades profissionais de trabalhadores suspeitos ou acometidos por covid-19 com tempos variáveis de 12 a 15 dias”.
Por isso, foi apresentado pedido de revisão dos critérios por conta de afastamentos por vezes indevidos. A reivindicação segue o Ministério da Saúde, que ontem anunciou um estudo para redução de isolamento pela covid para sete dias, sendo que para pessoas sem sintomas e com teste negativo o tempo cai para cinco dias.
Durante o encontro, a prefeitura apresentou a situação epidemiológica do município em relação ao aumento dos casos de covid-19. Conforme a Vigilância Epidemiológica, o aumento das infecções pelo coronavírus era esperado, devido à diminuição das restrições e às festividades e viagens de fim de ano. No entanto, esse número acabou sendo muito além do esperado, registrando em sua maioria casos mais brandos.
Os representantes da sociedade civil parabenizaram o município por todos os avanços alcançados no combate à covid-19 e assumiram o compromisso de reforçar as campanhas que visam a manter a máxima atenção possível na utilização dos protocolos sanitários adotados.
Codefoz – O médico Valter Teixeira, presidente da Câmara Técnica de Saúde do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social de Foz do Iguaçu (Codefoz), reiterou a posição do conselho sobre o respeito que deve haver em relação à atual pandemia e aos cuidados sanitários amplamente divulgados.
Sobre a vacinação, salientou que, embora percentual predominante da população tenha se submetido à imunização, há um temor significativo de parte da sociedade acerca da segurança da coletividade.
O médico comentou ainda que, em alguns casos, estão sendo repassadas às pessoas informações díspares e polarizadas. Ele reforçou que o controle epidemiológico da covid baseia-se fundamentalmente em quatro indicadores:
1) taxa de reprodução do vírus;
2) média móvel do número de casos;
3) média móvel dos óbitos; e
4) taxa de ocupação dos leitos de UTI.
“Os dois primeiros indicadores mostraram-se elevados, porém, até o presente momento, os dois últimos estão estáveis”, argumentou, refletindo que era prevista a disseminação ampla da virose, mas que o maior fator de risco limitante é o número disponibilizado de leitos de UTI, atualmente ainda com boa reserva.
Por fim, citou a importância da não obrigatoriedade vacinal, especialmente em crianças, pelas razões comentadas durante a reunião, e também a necessidade de se garantir pleno acesso às vacinas para quem queira imunizar-se, respeitando a opção de quem não queira, observando o direito de livre escolha dos cidadãos. Lembrou que a ACIFI e o Codefoz sempre se mostraram solidários em colaborar com os propósitos da prefeitura e da Secretaria de Saúde, intensificando todos os esforços para evitar medidas restritivas precipitadas.
Entidades – Também participaram da reunião dirigentes do Conselho Municipal de Turismo (Comtur), Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares (Sindhotéis), Sindicato Patronal do Comércio Varejista (Sindilojas), Sindicato das Empresas de Turismo (Sindetur), Hospital Unimed, dos shoppings centers e os vereadores Alex Meyer e Maninho.
Todos se comprometeram a reforçar a importância dos protocolos para prevenção à covid, que são os mesmos desde o início da pandemia – uso de máscara, higienização das mãos e distanciamento social –, bem como ser parceiros em relação à divulgação da necessidade de vacinação.