Entidade reforça pedidos para amenizar a crise econômica de Foz e aprimorar o enfrentamento do novo coronavírus.
O presidente da ACIFI, Faisal Ismail, e o prefeito de Foz do Iguaçu, Chico Brasileiro, reuniram-se na segunda-feira, 6, para debater o funcionamento das atividades econômicas na cidade. O encontro abordou a operação dos serviços “essenciais” e “não essenciais” na nova quarentena (do dia 1º a 14) e as regras para a segunda quinzena de julho em diante.
Durante a reunião, o presidente da ACIFI afirmou que o conjunto de pedidos é possível de ser contemplado respeitando o decreto do governador Carlos Massa Ratinho Junior. As demandas dependem apenas de medidas da administração pública municipal para diminuir os riscos de contágio do novo coronavírus e amenizar a crise econômica.
A ACIFI já havia requisitado a reabertura do comércio ao Governo do Paraná e à Prefeitura de Foz na quinta-feira, 2. Endossaram a cobrança a AMOP (Associação dos Municípios do Oeste do Paraná), Faciap (Federação das Associações Comerciais e Empresariais do Estado do Paraná), Caciopar (Coordenadoria das Associações Comerciais e Empresariais do Oeste) e POD (Programa Oeste em Desenvolvimento).
No encontro ocorrido na segunda-feira, 6, Faisal Ismail reiterou a importância de retorno das regras que estavam vigentes até terça-feira, 30 de junho, para o funcionamento dos estabelecimentos comerciais em até 30% da capacidade de atendimento – sempre considerando a realidade epidemiológica local, a infraestrutura hospitalar e a crise econômica.
“O diálogo foi produtivo, com o prefeito assumindo o compromisso de buscar soluções para várias reivindicações apresentadas pela classe empresarial”, informou o presidente da ACIFI. “Temos os limites do decreto estadual, porém a prefeitura tem condições de atender parte dos anseios da associação“, resumiu o prefeito de Foz.
Além de Faisal Ismail e Chico Brasileiro, participaram da videoconferência o presidente interino do Sindilojas, Itacir Mayer; o presidente do Conselho Superior da ACIFI, Walter Venson; e o secretário de Turismo, Indústria, Comércio e Projetos Estratégicos, Gilmar Piolla. Completaram a presença pela ACIFI o diretor-executivo, Dimas Bragagnolo, e o advogado Marcelo Brito.
Delivery – Outro requerimento foi a liberação de delivery para as lojas. Hoje as grandes empresas nacionais fazem entrega diariamente aos consumidores iguaçuenses, causando inclusive uma concorrência desleal do serviço. “Antes era possível alguma venda on-line; agora, com a proibição, o movimento caiu a zero”, relatou o dirigente.
Ônibus – Ismail reforçou a necessidade do aumento da frota de ônibus do transporte coletivo e ampliar os horários das linhas com o objetivo de evitar a aglomeração de usuários nos veículos e a infecção pelo novo coronavírus. “Quando o comércio reabrir, voltaremos a ter problemas de contágio no transporte coletivo caso não haja melhoria nesse serviço público”, apontou.
Refis – A entidade também solicitou a abertura de um Refis para os impostos de abril, maio, junho e julho. “O programa de recuperação fiscal é muito importante para o pequeno e médio empresário conseguir pagar os tributos que estão acumulando mês a mês. O impacto financeiro de agora vai demorar de dois a três anos para ser superado”, argumentou.
Aglomerações e curva – A ACIFI requisitou fiscalização e ampliação dos horários de atendimento para diminuir as filas em agências bancárias, lotéricas e Correios, entre outros estabelecimentos com registro de aglomeração. Pediu ainda uma projeção do cenário epidemiológico para identificar o “declínio da curva de contaminação da doença” e que assim a economia possa projetar ações em médio e longo prazo.
Ensino – Sobre o sistema de ensino particular, a ACIFI solicitou o retorno das aulas práticas e em laboratórios de cursos do ensino superior privado e da pós-graduação nos níveis especialização/lato sensu e stricto sensu. Essas atividades estão suspensas desde março por força de decreto municipal.
A entidade, por fim, pediu a retomada das aulas, exclusivamente para os discentes concluintes, dos cursos de ensino superior privado, bem como dos cursos técnicos, de ensino médio regular, profissional e EJA (Educação de Jovens e Adultos). Ou seja, matriculados no último ano ou últimos dois semestres dos respectivos cursos.