Os quatro candidatos a prefeito de Foz do Iguaçu se comprometeram, na tarde desta terça-feira a implantar, caso sejam eleitos, o Conselho de Desenvolvimento Econômico de Foz do Iguaçu – o CODEFOZ. Eles aceitaram o convite da ACIFI e outras 24 entidades que representam a sociedade civil organizada a participar de uma reunião para conhecer a proposta que foi protocolada na manhã de terça-feira, na Câmara de Vereadores, e cuja previsão é que seja aprovado ainda este mês.
Os candidatos foram saudados pelo presidente do Conselho Superior Deliberativo da ACIFI, Danilo Vendruscolo, em nome dos representantes das entidades – de classe, sindicatos, associações, conselhos, dentre outros. Ele destacou que a consolidação do CODEFOZ é a única reivindicação das entidades até porque, pelo conselho ser deliberativo, atuará em conjunto com a prefeitura e contribuirá para realização de projetos encaminhados pela comunidade.
O presidente da ACIFI, Roni Temp, acompanhou a reunião, bem como diversos diretores da associação. “A diretoria da ACIFI está empenhada, juntamente com o Conselho Superior Deliberativo e entidades, a implantar o CODEFOZ e fazer com que dele um instrumento de desenvolvimento da nossa cidade”, disse Temp.
Candidatos – Chico Brasileiro, da coligação Foz Unida e Forte, foi o primeiro convidado a falar após a exposição detalhada do projeto encaminhado para a Câmara, feito pelo diretor executivo da ACIFI, Dimas Bragagnolo. “Assumo na presença de todos vocês o meu compromisso, e o compromisso da nossa coligação, com o Conselho de Desenvolvimento Econômico de Foz do Iguaçu, e com o fundo que acompanha esse conselho; a sua instalação e seu funcionamento em nossa cidade”, enfatizou o candidato.
Ao classificar o conselho como “um instrumento legal, participativo e inovador de gestão pública”, Brasileiro afirmou que o governante representa o anseio de uma sociedade organizada e, por isso, ele deve ser a expressão verdadeira dessa sociedade. “Para isso ele tem que buscar informações, conselhos participativos e deliberativos como este para que possamos realmente definir o futuro da cidade”.
Elvis Gimenes, do PTdoB, também afirmou que o CODEFOZ vem ao encontro do que ele se propõe como candidato a prefeito: planejamento. “Percebi que esta cidade precisa de um instituto de planejamento para planejar esta cidade e, em dez a 15 anos, o prefeito que ganhasse a eleição, teria uma cidade planejada. O Codefoz vem, nada mais, nada menos, do que ao encontro dessa nossa meta de desenvolvimento de Foz do Iguaçu”, ressaltou o candidato.
Ele afirmou que, além do Codefoz, pretende criar também a Secretaria de Desenvolvimento de Foz do Iguaçu, abrangendo o Codefoz e os setores estratégicos da cidade numa única pasta. “Para nós, não é o status de secretaria que vai desenvolver um setor, e sim a qualificação do pessoal que lá trabalha, e o aporte de recursos financeiros do orçamento aplicado nesse setor”, declarou.
O candidato José Elias Aiex Neto, da coligação Outra Foz é Possível, afirmou que este é um momento “enriquecedor” ao constatar que segmentos econômicos adotam práticas muito comuns na área social, através de conselhos. “Sempre defendi a participação da sociedade na decisão da coisa pública, porque acho que temos que caminhar para uma democracia e para que o agente público seja cada vez menos responsável pelas decisões que interessa à sociedade. E sim que ele seja o responsável em executar aquilo que a sociedade quer”, afirma.
O candidato criticou o atual modelo personalista de governo e comparou com gestões de outros países, como a Nova Zelândia, onde é eleito um conselho político que nomeia um administrador responsável pela gestão administrativa da cidade. “Quanto mais a sociedade participar do processo decisório, é melhor para todos nós. A minha coligação tem como carro-chefe a democracia participativa e a proposta do Codefoz está inserida dentro disso e, seguramente, será uma honra, se prefeito, estar junto com os senhores trabalhando para o resgate do desenvolvimento econômico de Foz do Iguaçu”, finalizou.
Reni Pereira, d candidato a prefeito pela Coligação Foz Pode Mais, também se comprometeu a aplicar o Codefoz. “Meus cumprimentos à Associação Comercial pela iniciativa: ninguém colhe sem plantar!”, afirmou. Ele lembrou quando há mais de 10 anos, ao fazer um curso de Direito Contemporâneo, esteve com técnicos de Maringá que justamente vislumbravam essa possibilidade de o imposto “ser um vetor de arrecadação, mas principalmente de estímulo ao desenvolvimento”.
Pereira afirmou que em Foz existe uma lei sobre o orçamento participativo “e nada é mais participativo do que se decidir os rumos do desenvolvimento do município, ouvindo a sociedade e os segmentos organizados naquilo que vocês entendem”. E ponderou que o agente público errará muito menos se dividir a responsabilidade de decidir onde serão canalizados os recursos públicos, e outros. Ao sugerir que fosse incluído como membro do Codefoz o representante da Câmara, o candidato afirmou que o momento é de somar. “Entendemos que é uma iniciativa louvável e que vem no momento oportuno para Foz do Iguaçu”, afirmou.
Responsabilidade – Danilo Vendruscolo agradeceu a todos pela presença e pelo compromisso assumido em prol do projeto, e afirmou que o conselho se apresenta como possibilidade de a sociedade dividir a responsabilidade de garantir o desenvolvimento da cidade. “Vejo e percebo, diante do que os quatro candidatos colocaram, que vamos ter uma Foz do Iguaçu melhor, com a participação da sociedade”, acentuou.
“Nós, enquanto sociedade civil, estamos preparados. Ninguém é tão perfeito e iluminado que consiga atender todos os segmentos da sociedade, e o CODEFOZ tem esse objetivo de atender os anseios da comunidade de Foz do Iguaçu. Agradeço imensamente a vocês, candidatos, que se propuseram a vir aqui, atendendo ao nosso convite. As portas da nossa instituição estão abertas”, finalizou.