Empresários e empresárias da região da Avenida Felipe Wandscheer apresentaram suas propostas no “Você Faz a ACIFI” realizada nesta terça-feira, na Associação de Moradores do Jardim Copabacana. A maioria das revindicações foi sobre a duplicação da via urbana, que está em andamento e apresenta aspectos polêmicos em relação ao seu projeto.
Desde 1982 na região, Roberto Brugnera, proprietário da Agropasso, os problemas eram graves antes do começo da obra, mas continuamos com preocupações porque “não sabemos como ela vai acabar e quando será concluída. O projeto era lindo, maravilho e audacioso, mas no andar da carruagem as coisas se perderam por falta de liderança, orientação e por falta de referência para quem recorrer”, disse.
Sócio da RA Distribuidora de Gás e Bebidas, Agnaldo Fogaça alertou para a falta de retornos ao longo da avenida. “A via agora é uma autopista. O motorista precisa andar mil às vezes dois mil metros para fazer um retorno e chegar ao comércio. Sem falar a falta de espaço para estacionamento. Isso para um ponto comercial é pedir para afastar os clientes”, criticou.
O presidente da Federação Paraense de Futebol Sete, João Bezerra de Carvalho, disse ter participado da audiência pública, contudo hoje ocorre deformação do projeto, criando o risco do “benefício virar um malefício”. “A duplicação da avenida veio para beneficiar toda a comunidade, mas existem vários pontos devem ser revistos porque aumentou a dificuldade de trânsito e de acessos aos bairros da região”, sugeriu.
Já a sócia da Fórmula Foz, Elzoni Aparecida Grande, sugeriu uma reunião com a Secretaria Municipal de Obras e Foztrans (Instituto de Transportes e Trânsito de Foz) para tratar das questões levantadas no “Você Faz a ACIFI”. “Vamos relacionar nossas propostas e pedidos aqui da região ao poder público. Somos profissionais sérios, pagamos nossos impostos, queremos ser tratados com integridade”, afirmou.
MEIs
Adilson Stanguerlin, da Premiere Contabilidade, demonstrou preocupação com os MEIs. Segundo ele, algumas pessoas têm praticado “concorrência desleal com empresas” porque dividem as estruturas para diminuir custos e oferecer preços menores. “Deveria ser uma situação temporária, mas os negócios crescem e aproveitam a falta de fiscalização para permanecer ou criar vários MEIs no mesmo negócio”, afirmou.
Reconhecimento – Em sua fala, o empresário Roberto Brugnera também parabenizou a ACIFI pela iniciativa de ouvir os empresários em seus locais de trabalho. “É uma tarefa muito árdua e muito difícil. Vocês estão quebrando paradigmas das pessoas aqui fora em relação à entidade. A associação é uma ferramenta muito importante para resolver problemas coletivos e não individuais”, afirmou.
Ação
Ao fim do evento, o presidente da ACIFI, Leandro Teixeira Costa, reforçou o objetivo do encontro inloco nos bairros. Ele disse que todas as ideias e pedidos serão integradas ao relatório final de reivindicações dos empresários de toda a cidade. “A questão da avenida é consenso entre todos. O nosso diretor de Comércio e Serviço, José Elias Castro Gomes, vai coordenar uma ação para iniciar a mediação com o poder público o mais rápido possível”, afirmou.