O Programa Oeste em Desenvolvimento apresenta nesta terça-feira (25), às 19h, no Teatro Municipal de Cascavel, estratégias para ajudar a impulsionar a economia da região, uma das mais promissoras do Paraná.
O plano tem como base um perfil socioeconômico inédito do Oeste. A apresentação será feita durante o Fórum de Desenvolvimento do Território do Oeste. Duas edições do projeto Oeste Compra Oeste antecederam o evento, uma em Foz e outra em Cascavel, reafirmando o grande potencial que a região tem de gerar riquezas. O projeto pretende que as empresas da região aumentem as vendas entre si e aproveitem o potencial de compras públicas, como das prefeituras, por exemplo.
O Fórum terá a participação do diretor-geral brasileiro da Itaipu Binacional, Jorge Samek; do presidente do Programa Oeste em Desenvolvimento, Mário Costenaro; do diretor-superintendente do Serviço Brasileiro de Apoio à Pequena Empresa (Sebrae), Vitor Tioqueta; além de prefeitos e representantes de associações comerciais.
O Programa Oeste em Desenvolvimento vai apresentar, entre outras novidades, propostas para fomentar o crescimento da cadeia produtiva animal (suinocultura, avicultura, pescado e atividade leiteira), que gera uma receita de mais de R$ 8,5 bilhões por ano.
A avicultura e a suinocultura são cadeias bem estruturadas, com crescimento de 10% por ano, mas ambas podem estagnar nos próximos anos, caso não sejam feitas algumas mudanças. Tanto a cadeia do frango como a do porco têm como principal desafio sanar os problemas relacionados aos passivos ambientais, principalmente a poluição das águas e do ar e a instabilidade dos preços do fornecimento de energia. “Embora graves, a vantagem é que ambos os problemas podem ser solucionados com a transformação dos dejetos em eletricidade, o que, além de tratar os efluentes, possibilita reduzir os custos de produção com luz e ainda permite obter biofertilizante de alta qualidade”, explicou Jaime Nascimento, representante da Itaipu Binacional no Programa. Esse modelo de geração de energia já vem sendo pesquisado e divulgado pela Itaipu e instituições parceiras, que mantêm diversas unidades de demonstração da tecnologia do biogás, incluindo um condomínio de pequenas propriedades rurais em Marechal Cândido Rondon. No Ajuricaba, um condomínio de 30 propriedades transforma dejetos de animais em eletricidade por meio de biodigestores.
Perfil
No Fórum, segundo Costenaro, será apresentado um balanço do primeiro ano de atividade do programa, além de um perfil socioeconômico do território, que mostrará desde o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) de cada um dos 54 municípios do Oeste até a renda per capita da população, passando pela importância econômica da região para o Estado.
O Oeste é responsável por 24,5% da produção de grãos do Estado, tendo como principais produtos cultivados o milho, a soja, o trigo e o feijão. A cadeia produtiva animal gera uma receita de mais de R$ 8,5 bilhões por ano. Cerca de 30% da avicultura do Paraná está no Oeste. Na suinocultura, a região é responsável por 45% da produção paranaense. Na atividade leiteira, o Oeste possui 25% do rebanho de vacas para a produção de leite. Juntos, os 54 municípios do Oeste produzem 60% de toda a tilápia produzida no Paraná, que é o 3º maior produtor nacional.
Quanto à indústria de transformação, a região é responsável por 31% da produção estadual de material de transporte, especialmente na fabricação de carrocerias e reboques para veículos automotores.
O Programa
Lançado em agosto de 2014, o Programa Oeste em Desenvolvimento é um movimento apartidário, com mais de 20 instituições. A iniciativa reúne Itaipu, Fundação Parque Tecnológico Itaipu (PTI), Sebrae-PR, Ocepar, Caciopar, Amop, Emater, Fiep, Aviopar, Adapar, Adetur, Assunioeste, Codefoz, Comdec, Comdet, Nurespop, Sindileite, Siscooplaf, Unioeste, Iguassu IT e UTFPR.
Por meio de um debate organizado e com foco na integração, a meta do programa é buscar alternativas para impulsionar a economia da região, onde vive uma população de 1,3 milhão de habitantes. “Nossa região é próspera e estamos trabalhando para a consolidação do desenvolvimento sustentável do Oeste. Para isso, não vejo outra forma senão por intermédio de um processo participativo e de cooperação”, afirmou Costenaro.
O primeiro passo foi fazer um diagnóstico econômico territorial para conhecer de perto o Oeste, com suas dificuldades e potencialidades. As atividades são divididas em cinco eixos: Infraestrutura e Logística, Pesquisa e Desenvolvimento, Crédito e Fomento, Capital Social e Cooperação, e Energias Limpas e renováveis.
(Assessoria Oeste em Desenvolvimento)